Para aqueles que estão pesquisando os melhores preços de passagens áreas para desembarcar no Aeroporto Zumbi dos Palmares localizado em Maceió (capital alagoana), para prestigiar a celebração dos 30 anos dos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs), confira a notícia sobre a malha aérea na região Nordeste.
Comissão Organizadora
Nordeste não tem voos diretos para ligar suas 9 capitais
Alagoas dever ganhar dois novos aeroportos que devem melhor o fluxo de passageiros
Os maceioenses que já viajaram pelo Nordeste sabem como é caro e difícil se locomover, via aérea, entre as cidades da região, principalmente as capitais, por causa da carência de voos diretos para os destinos. Se o maceioense quiser viajar a João Pessoa (PB), por exemplo, terá que fazer um "arrodeio" pelos ceus do Brasil, com escalas ou conexões em cidades distantes como Rio de Janeiro, São Paulo ou Brasília, se quiser encontrar passagens mais baratas.
Isso acontece porque ainda não há, no Brasil, empresas aéreas regionais que mantenham rotas curtas dentro de uma mesma região, como acontece em outros países do mesmo tamanho, ou mesmo menores.
As poucas opções oferecidas pelas companhias aéreas que operam voos no Nordeste obrigam os viajantes da região a enfrentar longo tempo entre saguões de aeroportos e as poltronas das aeronaves. Resultado: viagens que poderiam ser feitas em, no máximo, 40 minutos caso houvesse um voo direto entre as cidades, duram cinco horas ou mais no pinga-pinga das maratonas.
Hoje é possível pegar voos diretos de Maceió para as capitais vizinhas Recife, Aracaju e Salvador. Para as demais capitais do Nordeste – João Pessoa (PB), Natal (RN), Fortaleza (CE), Teresina (PI) e São Luís (MA), é necessário passar por pelo menos mais uma cidade que faz parte dos destinos comerciais mais procurados do Brasil. Isso sem contar a tarefa inglória de conseguir voo para alguma capital do Norte, Centro-Oeste (a não ser Brasília) e Sul.
Para o estudante Arthur Murta, que vive em João Pessoa, visitar a família é sempre um desafio. Ele que já viajou a outras capitais do Nordeste, conta que passou nada menos que 7 horas para se deslocar da cidade até Fortaleza, a capital do Ceará.
“Ano passado, precisei voar para Fortaleza. Meu voo tinha conexão em Recife e o preço foi razoável, mas próximo da data do voo, a empresa cancelou e automaticamente redirecionou meu voo como sendo via Brasília”, conta o estudante. ”Saí de João Pessoa às 7 horas da manhã, passei por Brasília quase às 10 horas e finalmente em Fortaleza por volta das 14 horas”.
Rotas e desencontros
As cidades de Salvador, Recife, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo estão dentro do itinerário de voos de todas as companhias aéreas para as capitais do Nordeste, partindo de Maceió ou de qualquer outra cidade da região.
A Azul é atualmente a única empresa que oferece voos diretos entre Maceió e as capitais Aracaju e Recife. Já Salvador é única cidade para onde há voos diretos de todas as companhias aéreas que atendem o Nordeste.
Entretanto, se o maceioense precisar se deslocar para João Pessoa, Natal, Fortaleza, Teresina ou São Luís, os voos vão incluir conexões ou escalas em uma ou mais das outras capitais do "roteiro".
Para Arthur, não só o itinerário dos voos, mas também os preços das passagens são um problema. “Hoje, se você colocar em sites de viagem o trecho Maceió-João Pessoa, vai encontrar voos inacreditavelmente caros porque são via São Paulo, Rio de Janeiro ou Brasília”.
Situações semelhantes à citada por Arthur se repetem em outras rotas do Nordeste. Para São Luís do Maranhão – capital mais distante de Maceió – as companhias aéreas que operam voos na região cobram tarifas que variam de R$ 1.300 a R 2.300. Fora das temporadas, e com alguma sorte, pode-se encontrar, em preços promocionais, tarifas de até R$ 730.
Maceió-Recife via São Paulo
Algumas opções de voos, porém podem causar estranhamento. Como você sair de Maceió em direção à vizinha Recife e tendo que "dar uma passadinha" pelo aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, para depois voltar, pagando pelo passeio longo e indesejado algo em torno de R$ 1.800. Um contra-senso, perda de tempo e de dinheiro.
A agente de viagens Nathalia Vasconcelos explica que os preços variam de acordo com o fluxo de vendas das companhias e que os voos diretos não são frequentes por não haver procura de forma regular, como é o caso de outras capitais como Rio, São Paulo e Brasília.
“A divulgação de destinos menos procurados ou, quem sabe, uma parceria entre os estados para fortalecimento do turismo, seja ele de lazer, de eventos ou de negócios, talvez pudesse melhorar a situação”, opina Vasconcelos.
A agente acredita que os aeroportos regionais de Arapiraca e Maragogi podem trazer uma melhora significativa ao fluxo de voos no Estado. Os dois aeroportos devem considerar as características de cada uma das cidades, segundo informou a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra).
O aeroporto de Maragogi, por exemplo, terá uma série de particularidades para atender à demanda turística do Litoral Norte. Já em Arapiraca, o governo do Estado solicitou que o aeroporto tenha um porte maior e seja construído fora do perímetro urbano.
Fonte: TNH1
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