CONHEÇA MACEIÓ E UNIÃO DOS PALMARES



A celebração do aniversário de 30 anos dos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs) acontecerá em maio de 2013, em Alagoas

O estado estar localizado na região Nordeste do Brasil, tem como limites: Pernambuco (N e NO); Sergipe (S); Bahia (SO); e o Oceano Atlântico (L). Ocupa uma área de 27.767 km² (sendo ligeiramente maior que o Haiti) é o penúltimo Estado brasileiro em área, sendo mais extenso apenas que Sergipe (estado vizinho).

As estações do ano são perfeitamente definidas pela periodicidade das chuvas, prevalecendo dois tipos de climas: o semi-árido e o tropical úmido. O verão tem início em setembro e termina em fevereiro e o "inverno" começa aproximadamente em março, terminando em agosto. A temperatura não sofre grandes oscilações, variando, no litoral entre 22,5 e 28°C, e no sertão entre 17 e 33°C.


De acordo com o Censo 2010 divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população alagoana é de 3.120.494 habitantes. Atualmente é o décimo-sétimo estado do país em população, mas é o quarto em densidade demográfica.

O Estado de Alagoas é formado por 102 municípios. E as cidades escolhidas para sediar a cerimônia dos 30 anos APNs, foram: Maceió que é a capital alagoana composta de praias belíssimas e riquezas culturais; e em União dos Palmares, onde encontra-se a Serra da Barriga, local que foi a sede administrativa do Quilombo dos Palmares, considerada um solo sagrado e palco da resistência negra por liberdade e justiça social.

Confira abaixo mais informações! 
  


MACEIÓ

Vista da Orla de Maceió – Praia da Pajuçara, onde existe o passeio de jangada às piscinas naturais

Maceió é o atual centro político-administrativo de Alagoas e o primeiro pólo turístico do Estado. A palavra é de origem indígena: "Maçaió" ou "Maça-y-ok", significa "o que tapa ou represa o alagadiço". O nome foi escolhido pelos índios caetés que viviam em uma restinga (faixa de terra; pequena barragem) localizada entre o mar e a lagoa, e também, era o nome de um importante riacho, hoje conhecido como Salgadinho.

O riacho era formado por dois “braços”, os córregos Pitanga e Pau d`Arco. Tinha águas cristalinas adequadas para pescar e nadar, onde as pequenas embarcações também transitavam. Com uma extensão de 10km atravessa boa parte do território, nasce no Tabuleiro do Martins (bairro localizado na parte alta da cidade) e segue até o mar. No momento, encontra-se poluído e o curso natural foi alterado, além de sofrer com o descaso das autoridades políticas e da população.

No período colonial, foi implantado o engenho “Massayó” e uma pequena capela que deram origem a cidade. Também teve uma casa com telhas pertencente a Manuel Antônio Duro, em terras doadas, nas imediações da Pajuçara. O pequeno povoado se formou com a construção de casas simples e o conjunto de ruelas próximas ao porto de Jaraguá, junto à mata, os mangues e a lagoa. No dia 05 de dezembro de 1915, foi elevada à condição de vila.

Dois anos depois, ocorreu a emancipação política de Alagoas e a separação de Pernambuco, tornando-se um núcleo independente (Estado). Maceió conquistava seu desenvolvimento urbano e exercia forte ligação com Porto Calvo e Alagoas do Sul (atual, Marechal Deodoro) – duas das três principais vilas da época.

No ano de 1839 ocorreu um fato histórico, a mudança da capital, Alagoas do Sul que era a sede militar, judiciária e religiosa perdeu o título para Maceió. Quando o presidente da província (o governador da época) Agostinho da Silva Neves declarou a transferência, muitas pessoas importantes e de vários setores da sociedade alagoana (lideranças políticas, população e tropas) se dividiram e ocorreram muitas desavenças. Os revoltosos fizeram de tudo para alterar a decisão, prenderam Agostinho no Palácio Provincial e forçaram a renúncia. Porém, a Caroa Imperial puniu os opositores e oficializou a troca no dia 09 de dezembro daquele ano.

As transformações urbanas intensificaram-se, tudo que existia de moderno era implantado na capital, como: iluminação com lampiões a gás; calçamentos das ruas principais; ponte de desembarque de ferro; rede telegráfica; jardins nas praças; casas bancárias e seguradoras; navegação a vapor; trem; e as principais repartições públicas. Paralelamente à riqueza tinham pessoas que viviam marginalizadas, principalmente os ex-escravos, moravam mais afastados dos centros comerciais e com muitas dificuldades.

Foram implantadas indústrias importantes, inclusive, a mais antiga indústria têxtil em funcionamento no Brasil, a Fábrica Carmem (Fábrica de tecidos de Fernão Velho) fundada em 1857. Em 1960, implantou-se o distrito industrial, porém a falta de investimentos maiores e a concorrência com outras regiões dificultaram o crescimento de um Parque Industrial significativo. Dentre as indústrias que se destacam, estão: Usina Cachoeira do Meirim (1959), Sococo (1966) e Braskem (1976).

Com uma economia diversificada, também tem uma rede de serviços qualificados nos setores: comercial (empresas em várias áreas, filiais de grupos nacionais); saúde (unidades hospitalares, laboratórios, profissionais experientes); educação (creches, escolas públicas e privadas, faculdades, cursos de pós-graduação); tecnologia da informação (empresas no ramo da informática, prestadoras de serviços, cursos de formação e capacitação); e artístico-cultural (artistas, intelectuais, editoras, livrarias, alfarrábios, galerias).

Atualmente, a cidade gera mais da metade da riqueza estadual. Porém, com o desenvolvimento da população, a cidade cresceu de forma desigual, onde algumas pessoas possuem uma grande concentração de renda e várias famílias vivem em más condições nas favelas e grotas. Ao todo são 50 bairros, uns bens ricos, outros em péssimas condições de infra-estrutura.

Dados Gerais:
Área: 513,55 km2
Localização: Microrregião de Maceió (Leste Alagoano)
Emancipação política: 16 de dezembro de 1839
Economia: Turismo (hotéis, pousadas, bares, restaurantes); Porto (embarque e desembarque de carga, entradas de turistas de cruzeiros marítimos); Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares; shoppings e cinemas; casas de eventos e boates; comércio diversificado; pesca artesanal; petróleo; setor imobiliário; mercado público; indústrias e empresas.
Atividades culturais: Guerreiro; Coco Alagoano; Reisado; Chegança; Quilombo; Cavalhada; Zabumba; Caboclinho; Festa dos Reis; Pastoril; Quadrilhas Juninas; capoeira; grupos artísticos (dança, teatro, bandas).
Artesanato: Feirinha de Artesanato da Pajuçara, Guerreiros de Alagoas e artesãs do Pontal da Barra – com uma variedade de produtos para decoração, vestimentas e acessórios.
Gastronomia: Pratos diversos com peixes, crustáceos, maçunim, sururu de capote; bolos (milho, mandioca, massa-puba), arroz-doce, canjica, mungunzá, pamonha, pé-de-moleque; tapiocas recheadas; cuscuz de milho; macaxeira com carne de sol; culinária internacional.
Patrimônio histórico-cultural e natural: Praias (Ponta Verde, Pajuçara, Jatiúca, Riacho Doce, Guaxuma, Mirante da Sereia); rios (Santo Antônio, Sauaçuí, Jacarecica, Mirim, Pratagy); riachos (Bebedouro, Catolé, Pitanguinha, Água Negra, Garça Torta); serras (Saudinha, Bititinga, Capinzal, Caranguejo, Raiz, Pacavira, Pedra Petra); Lagoa Mundaú ou do Norte; piscinas naturais; praças públicas; mirantes; Parque Municipal; Museus (da República, dos Esportes, Palácio Floriano Peixoto, Pierre Chalita, Théo Brandão, Museu da Imagem e do Som); Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas; Teatros (Deodoro, Jofre Soares, Arena, Linda Mascarenhas); Igrejas históricas (do Livramento, de São Gonçalo, do Bom Jesus Senhor dos Martírios, Catedral Metropolitana); Coreto da Avenida de Paz; Associação Comercial; Palacete do Barão de Jaraguá (onde funcionam a Biblioteca Pública Estadual e o Arquivo Público); Associação Alagoana de Letras; Centro Cultural e de Exposições de Maceió; Estádio de Futebol Rei Pelé; Prédios da Assembleia Legislativa Estadual e Tribunal de Justiça.
Principais eventos: Festas juninas (concurso de quadrilhas, coco de roda e apresentações artísticas); Festas carnavalescas (apresentação vários blocos na prévia do carnaval, concurso de bois de carnaval e escolas de sambas); shows diversos.
Acesso: AL-101, BR-104 e BR-316 (Capital Estadual)

Site oficial da Prefeitura de Maceió: www.maceio.al.gov.br

UNIÃO DOS PALMARES


Antiga estação ferroviária, hoje, utilizada para a comercialização de artesanato

União dos Palmares é um dos municípios mais antigos de Alagoas, e, é banhado pelo rio Mundaú. O povoado cresceu com a chegada de moradores atraídos pela fertilidade da terra e pelos colonizadores que queriam acabar com o poder do Quilombo dos Palmares.
Naquele tempo, a mata era extensa e viviam muitos animais (principalmente macacos). E para se protegerem dos perigos da floresta e construir as primeiras habitações, era preciso limpar o terreno e construir cercas. O português Domingos José de Pino construiu a primeira capela, onde hoje se localiza a Igreja Matriz, também trouxe uma imagem de Santa Maria Madalena, que depois se tornou padroeira.
No dia 13 de outubro de 1831, desmembrou-se do município de Atalaia. Porém, só em 1889 recebe o título de cidade, com a denominação “União”, já que o local era o elo entre as estradas de ferro de Alagoas e Pernambuco, o ponto de parada dos trens de passageiros e de carga.
Ao longo da sua história, o município recebeu outros nomes como: Cerca Real dos Macacos, Macacos, Santa Maria Madalena e Vila Nova de Imperatriz. E no ano de 1944, ocorreu a mudança definitiva para "União dos Palmares", uma homenagem ao Quilombo dos Palmares.

Foi em União dos Palmares, mais precisamente na Serra da Barriga (sede administrativa e quartel geral), que se formou o maior agrupamento negro do território nacional, que resistiu por mais de 100 anos. O Quilombo dos Palmares abrigou negros fugitivos dos engenhos, índios e até mesmo brancos pobres; e em 1694, foi atacado e destruído por poderosos canhões, uma ação liderada por Domingos Jorge Velho que exterminou muitos guerreiros e guerreiras.

Atualmente, a cidade encontra-se oficialmente incluída no roteiro de turismo étnico no Brasil, devido a implantação do Parque Memorial Quilombo dos Palmares, no platô da Serra da Barriga, em 19 de novembro de 2007.


Dados Gerais:

Área: 428 km2
Localização: Microrregião Serrana dos Quilombos (Zona da Mata)
Emancipação política: 13 de outubro de 1831
Economia: Usina de cana-de-açúcar; agricultura, com destaque para a produção de bananas; indústria de laticínios (produtos a base de leite); avicultura (possui a mais moderna granja do estado), pecuária, piscicultura (criação de peixes), suinocultura (porcos); e o comércio com feira livre.
Atividades culturais: Coco-de-roda; quilombos; dança do Buá; Bate Coxa; Guerreiro; Pastoril; quadrinhas juninas e manifestações da cultura afro-brasileira (capoeira, hip hop, grupo de reggae, banda e dança-afro).
Artesanato: Brinquedos populares; bonecos de pano; cestaria (cipós); trançados; cerâmica; objetos de decoração feitos com barro;
Gastronomia: Galinha ao molho pardo; fava; feijão verde; buchada de bode e carneiro; farinha d’água; beiju e tapioca.
Patrimônio histórico-cultural e natural: Serra da Barriga; Parque Memorial Quilombo dos Palmares localizado; Casa do Poema Jorge de Lima; Casa Maria Mariá; Comunidade Remanescente de Quilombo Muquém; Casa de Cultura Palmarina; Mercado do Artesanato.
Principais eventos: Festa da padroeira Santa Maria Madalena; Procissão do Mastro; Festa do Milho; Mês da Consciência Negra.
Acesso: BR-104 e BR-316 (83 km distante de Maceió)


Site oficial da Prefeitura de União dos Palmares: www.uniaodospalmaresal.com.br

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